terça-feira, 21 de agosto de 2012




“Quem me dera ao menos uma vez
Ter de volta todo o ouro que entreguei a quem
Conseguiu me convencer que era prova de amizade
Se alguém levasse embora até o que eu não tinha”.

Esta estrofe da música “Índios” da banda Legião Urbana nos faz lembrar dos indígenas brasileiros que acreditaram que os forasteiros portugueses eram seus amigos por terem trazido algumas quinquilharias sem valor e em troca lhes entregaram suas riquezas.
Assim aconteceu com outros povos da América. O imperador asteca Montezuma II recebeu o forasteiro espanhol Fernão Cortez acreditando que ele era o seu deus Quetzalcoat, que segundo a crença local, deveria vir de “braços abertos” para encontrá-los. O forasteiro aproveitando a alienação da população aprisionou o imperador, instalou-se na capital do império e explorou o povo.
Assim também aconteceu com o povo Inca que confiou em outro forasteiro espanhol chamado Francisco Pizarro, que por sua vez, aprisionou o novo imperador local prometendo libertá-lo se a população lhe desse uma grande quantidade de ouro. Os incas cumpriram sua parte no acordo, mas o forasteiro quebrou sua promessa, matando o imperador, dominando o império e mostrando com isso que não tinha interesse algum pelo povo, mas seu interesse estava na riqueza do povo.
Não vamos achar que quem vive de passado é museu. Vamos tirar lições com os acontecimentos passados para acertarmos no presente. Não vamos cometer os erros dos índios brasileiros ou dos astecas ou dos incas que acreditaram que o forasteiro era seu amigão, mas quando perceberam que suas verdadeiras intenções era enganar o povo para se apossar de suas riquezas já era tarde demais.
Vamos continuar construindo a história de Carnaubais com liberdade e autonomia. Vamos gritar em alto e bom som: CARNAUBAIS PARA OS CARNAUBAENSES!

LUIZ LUCAS FONSECA NETO
Professor de História

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