sexta-feira, 24 de maio de 2013


Diego Frazão, o jovem que foi salvo do tráfico através da música clássica

“Hoje sou um artista”, dizia ele.

Diego Frazão cresceu em Parada de Lucas, uma comunidade carente do Rio de Janeiro. Superou problemas de saúde e a violência que o cercava e relatava todas as experiências em seu perfil na internet, como as vitórias que realmente são. Através do Grupo Cultural AfroReggae foi resgatado do tráfico e ensinado o violino, um instrumento clássico, a princípio distante da sua realidade.
Nessa foto logo abaixo, Diego toca no enterro de Evandro João da Silva, seu antigo mentor e coordenador de projetos na ONG, assassinado em uma tentativa de assalto em que acabaram sendo implicados 2 policiais militares.
Porque não devemos esquecê-lo?
Diego representa o problema social de educação, emprego, saúde, habitação. Os problemas econômicos da divisão de classe e distribuição de renda. O problema da corrupção que não só enriquece o rico mas infelizmente empobrece ainda mais o pobre pela ausência de políticas públicas que atendam aos interesses de todos, pela má gestão de recursos, pela negligência. O problema cultural, de acesso a informação e as artes como forma de educação, entretenimento e formação.
Não devemos esquecê-lo pois infelizmente Diego Frazão faleceu em 2010 por conta de uma leucemia.
Não devemos esquecê-lo, pois existem Diegos em todo país, que a todo momento vive esse problemático ciclo a sua maneira, mas que através da colaboração, solidariedade e senso coletivo tem um final menos triste. Não devemos esquecê-lo, pois temos razões para acreditar enquanto tivemos no que e em quem acreditar.

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diego_frazao

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