terça-feira, 13 de maio de 2014

CPI DEVE INVESTIGAR REFINARIA DE R$ 1,6 BILHÃO QUE NÃO SAIU DO PAPEL

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O presidente do Democratas, senador José Agripino (RN), afirmou que é mais um assunto que será incluído nas investigações da CPI da Petrobras a revelação segundo a qual a estatal gastou mais de R$ 1,6 bilhão em uma refinaria do Maranhão que nem sequer saiu do papel. “É inevitável, são fatos correlatos. Todos fruto dessa chaga, que é a gestão petista na Petrobras”, declarou.
Uma série de irregularidades foram apontadas em relatório do Tribunal de Contas da União sobre a obra da Refinaria Premium I em Bacabeira, no Maranhão, anunciada com pompas pelo então presidente Lula, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, a governadora Roseana Sarney, o pai dela, senador José Sarney (PMDB-AP) e o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, em 2010.
A refinaria seria a maior do com capacidade de produzir 600 mil barris/dia, empregaria 25 mil pessoas no ápice das obras e deveria entrar em pleno funcionamento em 2016. Apesar da festa no lançamento da pedra fundamental, nem projeto básico havia na ocasião. De prioritária, a futura refinaria entrou num limbo.
Quatro anos depois, o que se vê é a paralisação da obra, que somente em terraplanagem, consumiu R$ 583 milhões, além de mais R$ 1 bilhão em projetos, treinamentos, transporte, estudos ambientais. Todo o montante foi pago pela Petrobras.
No Plano de Negócios para o quadriênio 2013/2017, o empreendimento consta apenas na carteira de fase de projeto. Um relatório de fiscalização do Tribunal de Contas da União (TCU), de abril do ano passado, apontou indícios graves de irregularidade na terraplanagem — a única obra que teve início, mas que foi paralisada sem ser concluída.
O custo total da refinaria está estimado em R$ 38 bilhões, mas a própria empresa afirmou que “somente após a conclusão da etapa de consulta ao mercado será possível mensurar o custo total da refinaria”. A previsão, agora, é que ela entre em operação em 2018.
Diário do Poder

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